PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA HISTÓRICOS
Os Adventistas do Sétimo Dia não possuem credo além da Bíblia; porém, sustentam certo número de pontos bem definidos de fé, pelos quais estão preparados para dar “a todo homem que pedir” uma razão de sua fé. As seguintes proposições podem ser entendidas como um resumo dos principais traços de sua fé religiosa, sobre os quais existe, na medida do que é conhecido, completa unanimidade por todo o corpo. Nisto cremos:
1. Que existe um só Deus, pessoal, um Ser Espiritual, o Criador de todas as coisas, Onipotente, Onisciente e Eterno; Infinito em conhecimento, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável e presente em todos os lugares por meio do Seu Espírito. Sal. 139:7.
2. Que existe um Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, o único por quem foram criadas todas as coisas e por meio de quem elas existem; que ele tomou a natureza da semente de Abraão para a redenção de nossa raça caída; que Ele residiu entre os homens, cheio de graça e verdade, viveu como nosso exemplo, morreu como nosso sacrifício, foi ressuscitado para nossa justificação, ascendeu ao alto para ser nosso único Mediador no santuário celestial, onde, através dos méritos de seu sangue derramado, assegurou o perdão e absolvição dos pecados de todos os que persistentemente se achegam a Ele; e como o encerramento de parte do Seu trabalho de Sacerdote, antes de assentar-Se em Seu trono como Rei, ele realizará a expiação por todos eles, e todos os pecados deles cometidos fora do santuário serão apagados (Atos 3:19), como mostrado no serviço do sacerdócio levítico, que apontava e prefigurava o ministério de nosso Senhor no Céu. Veja Lev. 16; Heb. 8:4, 5; 9:6, 7.
3. Que as Santas Escrituras do Velho e do Novo Testamento foram dadas pela inspiração de Deus, possuem uma completa revelação de Sua vontade para o homem e são a única e infalível regra de fé e prática.
4. O Batismo é uma ordenança da igreja cristã para acompanhar fé e arrependimento, uma ordenança mediante a qual comemoramos a ressurreição de Cristo, e demonstramos nossa fé em Sua morte e ressurreição, e por meio da qual, na ressurreição de todos os santos nos últimos dias; e que não existe outro meio mais adequado para representar este fato que as Escrituras prescrevem, denominado, imersão.
5. Que o novo nascimento compreende uma completa mudança necessária para nos preparar para o Reino de Deus e que consiste de duas partes: Primeira, uma transformação moral moldada pela conversão e uma vida cristã (I João 5:3); segunda, uma mudança corporal por ocasião da segunda vinda de Cristo, segundo a qual, se morrermos, nós ressuscitaremos incorruptíveis, e, se estivermos vivos, seremos transformados para a imortalidade num momento, em um piscar de olhos. Luc. 20:36; I Cor. 15: 51, 52.
6. Que a profecia é uma parte da revelação de Deus ao homem; que ela está inserida nas Escrituras, e que é proveitosa para instrução (II Tim. 3:16); que ela é designada para nós e para nossos filhos (Deut. 29:29); que, em grande parte, sua existência está envolvida em impenetrável mistério; que constitui especialmente a Palavra de Deus numa Lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sal. 119:105; II Ped. 1:19); que uma bênção é pronunciada sobre os que a estudam (Apoc. 1:3); e que, consequentemente, ela pode ser compreendida suficientemente pelo povo de Deus para lhe mostrar a sua posição na história do mundo e a especial responsabilidade colocada em suas mãos.
7. Que a história mundial possui datas marcadas no passado, o surgimento e queda dos impérios e a sucessão cronológica de eventos que servem de pano de fundo do Reino Eterno de Deus são delineados numa grande corrente de profecias; que todas essas profecias estão agora se cumprindo nas cenas finais.
8. Que a doutrina da conversão mundial e um milênio temporal é uma mentira destes últimos dias,replica watches arquitetada para aquietar os homens no estado de segurança carnal, induzindo-os a serem surpreendidos pelo grande dia do Senhor, como o ladrão de noite (I Tess. 5:3); que a segunda vinda de Cristo precede, não segue, o milênio; até o Senhor aparecer o poder papal, com todas as suas abominações, continua (II Tess. 2:8), como o trigo e o joio crescem juntos (Mateus 13:29, 30 e 39), e o sedutor homem da iniquidade torna-se cada vez pior, como a Palavra de Deus declara. II Tim. 3:1 e 13.
9. Que o erro dos Adventistas em 1844 pertenceu à natureza do evento a expirar, não ao período de tempo, pois nenhum período profético é dado a estender-se até a segunda vinda, mas que o mais longo período, é dos dois mil e trezentos dias de Daniel 8:14, terminando em 1844, conduzindo-nos a um acontecimento denominado e conhecido como a purificação do santuário.
10. Que o Santuário da nova aliança é o tabernáculo de Deus no Céu, do qual Paulo fala em Hebreus 8 e mais adiante, e do qual nosso Senhor, como o Grande Sumo-Sacerdote, é Ministro; que este santuário é o antítipo do tabernáculo mosaico, e que o ministério sacerdotal de nosso Senhor, associado a isso, é o antítipo do ministério dos sacerdotes judeus da antiga dispensação (Heb. 8:1-5); que este, e não a terra, é o santuário a ser purificado no final dos dois mil e trezentos dias, assim denominada esta purificação, sendo neste caso, como na figura, simplesmente a entrada do sumo-sacerdote no lugar santíssimo, para finalizar o ministério através da obra de expiação e eliminação dos pecados dos crentes que se encontram no santuário (Atos 3:19), e ocupa um breve, mas indefinido período no primeiro compartimento (Levítico 16; Heb. 9:22, 23); e que este trabalho é o antítipo, iniciando-se em 1844, consistindo na atual eliminação dos pecados dos crentes (Atos 4:19), e ocupa um breve e indefinido espaço de tempo, até à sua conclusão, no qual o período de graça para o mundo será finalizado, e o segundo advento de Cristo chegará.
11. Que os requisitos morais de Deus são os mesmos para todos os homens em todas as dispensações; que estes estão sumariamente contidos nos mandamentos proclamados por Jeová do Sinai, gravados em tábuas de pedra e colocados na arca, que era chamada de “arca da aliança” ou do concerto (Num. 10:33; Heb. 9:4, etc); que esta lei é imutável e perpétua, sendo uma transcrição das tábuas colocadas na arca, no verdadeiro santuário que se encontra no céu, que é também, pela mesma razão, chamada a arca do concerto de Deus. Ao soar da sétima trombeta, nós saberemos que “o Templo de Deus foi aberto no céu, e foi vista em seu templo a arca de seu concerto.” Apoc. 11:19.
12. Que o quarto mandamento desta lei requer que nós dediquemos o sétimo dia de cada semana, comumente chamado de Sábado, para nos abster de nosso labor, para a realização do sagrado serviço religioso; que este é um único Sábado declarado na Bíblia, sendo o dia que era separado antes no Paraíso perdido (Gên. 2:2, 3), e que será observado no Paraíso restaurado (Isa. 66:22, 23); que a realidade, sobre a qual a instituição do Sábado está baseada delimita-o ao sétimo dia, e nenhum outro dia como verdadeiro, e que o termo, Sábado Judeu, é aplicado ao sétimo dia, e Sábado cristão, aplicado ao primeiro dia da semana, são termos de invenção humana, sem provas escriturísticas e falsas em seu significado.
13. Que como o homem do pecado, o papado, intentou mudar os tempos e as leis (a lei de Deus, Dan. 7:25), e enganou a maior parte da cristandade com respeito ao quarto mandamento, nós encontramos uma profecia de reforma neste aspecto para ser realizada entre os crentes precisamente antes do retorno de Cristo. Isa. 56:1, 2; I Ped. 1:5; Apoc. 14:12, etc.
14. Que os seguidores de Cristo devem ser um povo peculiar, separado, não andando nos caminhos do mundo; não amando seus prazeres, nem permitindo estas coisas, considerando o que os apóstolos disseram que “todo aquele que é” neste assunto “um amigo do mundo é inimigo de Deus” (Tiago 4:4); e Cristo disse que nós não podemos ter dois senhores, ou, ao mesmo tempo, servir a Deus e a Mamom. Mat. 6:24.
15. Que as Escrituras insistem sobre a simplicidade e modéstia no vestir como importante marca do discipulado naqueles que professam ser seguidores dAquele que é “humilde e manso de coração”; que os vestidos de ouro, pérolas, vestes caras e qualquer outro feito para adornar a pessoa e estimular o orgulho do coração natural deve ser descartado, de acordo com I Tim. 2:9, 10; I Ped. 3:3, 4.
16. Que os meios para o suporte da pregação do evangelho entre os homens deverão ser estimulados pelo amor a Deus e às almas, não por sorteios ou loterias de igrejas, ocasiões designadas para contribuir para divertimentos frívolos, (inclinações do pecado para a satisfação do apetite) quermesses, festivais, eventos sociais insanos, que são uma desgraça para a professa igreja de Cristo; que a proporção de um rendimento na primeira dispensação não deverá ser menor sob o evangelho; que ela é a mesma que Abraão (de quem somos filhos, se nós somos de Cristo Gál. 3:29) pagou a Melquisedeque (tipo de Cristo) quando ele deu um décimo de tudo (Heb. 7:1-4). O dízimo é do Senhor (Lev. 27:30) e este décimo de um rendimento é também para ser suplementado pelas ofertas dos que estão prontos a dar suporte ao evangelho. II Cor. 2:9; Mal. 3: 8, 10.
17. Que o coração carnal ou natural é inimigo de Deus e de sua lei. Este inimigo só pode ser subjugado através de uma transformação radical das afeições e a substituição dos princípios não santificados por princípios santificados; que esta transformação compreende o arrependimento e a fé, que é uma obra especial realizada pelo Espírito Santo de Deus, que constitui a conversão ou regeneração.
18. Que todos têm violado a lei de Deus e não podem por si mesmos prestar obediência aos Seus justos reclamos. Nós somos dependentes de Cristo: primeiro, para justificação de nossas ofensas passadas, e, segundo, dependentes da sua graça, podendo nós render-Lhe uma obediência aceitável mediante sua santa lei, nas horas certas que virão.
19. Que o Espírito de Deus foi prometido para se manifestar (itself) na igreja através de certos dons, referidos em I Cor. 12 e Efé. 4; que estes dons não são designados para substituir ou tomar o lugar da Bíblia, que é suficiente para nos fazer sábios para a salvação. Além disso, a Bíblia pode nos fazer entender a posição do Espírito Santo; em específico os vários canais de sua (its) operação, que o Espírito Santo foi feito simplesmente provisão em relação a (its) sua própria existência e presença com o povo de Deus para o fim dos dias, a fim de guiá-los à compreensão da Palavra que ele (it) inspirou, para convencer do pecado e realizar uma obra de transformação no coração e na vida, e os que negam ao Espírito seu (it) lugar e operação fazem claramente uma negação da parte da Bíblia que determina a ele (it) seu trabalho e posição.
20. Que Deus, em concordância com seu relacionamento uniforme com a raça humana, envia avante uma proclamação da proximidade do Segundo Advento de Cristo; e que este trabalho é simbolizado pelas três mensagens de Apocalipse 14. A última mensagem traz uma visão do trabalho de reforma sobre a lei de Deus, e que seu povo pode adquirir uma completa preparação para o Segundo Advento.
21. Que o tempo da purificação do santuário (veja proposição 10) sincroniza-se com o tempo da proclamação da terceira mensagem (Apo. 14:9, 10) É o tempo do juízo investigativo: primeiro com respeito aos mortos, segundo, com respeito aos vivos, para determinar quais dos milhares que agora dormem no pó da terra são dignos de tomar parte na primeira ressurreição, e as multidões dos vivos serão dignas da transladação, ponto que será determinado antes do aparecimento do Senhor.
22. Que a sepultura local, para a qual todos tendemos a ir, expressa pelas palavras hebraicas “sheol” e a palavra grega “hades”, é um lugar ou condição, em que não existe trabalho, artimanhas, sabedoria ou conhecimento. Ecl. 9:10.
23. Que o estado ao qual somos reduzidos pela morte é silêncio, inatividade e completa inconsciência. Sal. 146:4; Ecl. 9:5,6; Dan. 12:2.
24. Que a humanidade estará fora dessa prisão da sepultura, causada pela ressurreição corporal. Os justos terão parte na primeira ressurreição, que terá lugar na Segunda Vinda de Cristo, e os injustos na segunda ressurreição, que acontecerá após o milênio. Apoc. 20:4-6.
25. Que ao soar da última trombeta, os justos vivos serão transformados em um momento, num piscar de olhos e que os justos ressurretos serão transladados ao encontro com o Senhor nos ares. Então estarão para sempre com o Senhor. Tes. 4:16, 17; I Cor. 15:51, 52.
26. Que esses imortalizados, serão levados ao Céu, para a Nova Jerusalém, para a casa do Pai, onde existem muitas mansões (João 14:1-3), onde eles reinarão com Cristo por mil anos, julgando o mundo e os anjos caídos, isto é, que está preparada a punição que será executada sobre eles no final dos mil anos (Apoc. 20:4; I Cor. 6:2,3); que durante este período a terra se encontrará em uma desolada e caótica condição (Jer. 4:23-27), descrita como no princípio, pelo termo grego “abyssos” (abismo, Septuaginta de Gen. 1:2); e que aqui Satanás estará confinado durante os mil anos (Apoc. 20:1, 2), e aqui será finalmente destruído (Apoc. 20:10; Mal. 4:1); ele forjou o lugar de destruição no Universo sendo apropriadamente feito, por um período de tempo, sua prisão sombria e consequentemente o lugar de sua execução final.
27. Que no final dos mil anos o Senhor descerá com seu povo e a Nova Jerusalém (Apoc. 21:2), e os ímpios mortos serão ressuscitados e virão sobre a superfície da ainda não renovada terra e se reunirão ao redor da cidade, o acampamento dos santos (Apoc. 20:9), e o fogo de Deus descerá e os devorará. Eles serão consumidos, raiz e ramo (Mal. 4:1), tornando-se como se nunca houvessem existido (Obadias 15, 16). Nesta eterna destruição da presença do Senhor ( II Tess. 1:9), os ímpios estarão reunidos na “punição eterna” preparada contra eles (Mat. 25:46), que é a morte eterna. Rom. 6:23; Apoc. 20:14, 15. Esta é a perdição dos homens descrentes, e o fogo que os consumirá será o fogo que por seu intermédio “os céus e a terra, estão agora... reservados”, cujos elementos serão destruídos com intensidade, e purificará a terra da profunda mancha da maldição do pecado. II Pedro 3:17-12.
28. Que os novos céus e a nova terra brotarão das cinzas dos antigos céus e terra pelo poder de Deus, e esta terra renovada com a nova Jerusalém para sua metrópole e capital serão a eterna herança dos santos, o lugar onde a justiça residirá por toda a eternidade. II Ped. 3:13; Sal. 37:11, 29; Mat. 5:5.
Obs. : Para evitar as costumeiras distorções dos atuais "pastores" adventistas, perceba que o texto diz que Deus Se faz representar como onipresente por Seu Espírito, conforme o Salmos 139:7. Não há aqui qualquer menção implícita da crença numa Trindade, composta de três deuses co-iguais e co-eternos. A prova maior é que, embora o Filho do Eterno Deus seja descrito no item seguinte (nº 02), o Espírito Santo só volta a ser citado no item nº 19. Leia-o para confirmar que nossos pioneiros não criam no Espírito Santo como uma terceira pessoa divina, mas simplesmente como espírito de Deus, substantivo comum indicado pelo pronome "it", usado em inglês para objetos indefinidos, enquanto, para Deus e seres humanos do sexo masculino, o pronome utilizado é "He".